Umidade, poeira, pimenta, canela, chocolate, até certos pães. É         enorme o número de substâncias alergênicas, elementos que fazem         as pessoas espirrarem, tossirem, passarem mal.
       O problema é o trabalho que as pessoas alérgicas         têm pra entender o que está escrito na embalagem dos produtos. A         novidade: uma decisão da Justiça promete tornar mais claras         essas informações.
       Uma rotina de cuidados. Por causa de uma alergia,         Rafael vai todo mês ao médico alergista. Diariamente, a mãe dele         presta muita atenção antes de consumir alimentos         industrializados. “Os rótulos não são claros”, reclama.
       A falta de informação sobre a composição dos         produtos é uma ameaça à saúde dos pacientes alérgicos. Entender         o que está nas embalagens também não é fácil. Para quem depende         das informações descritas nos rótulos, é um desafio entender o         que cada palavra significa. Caseínato, ovalbumina, lecitina, por         exemplo. são termos técnicos demais. Além das palavras difíceis         de compreender, as letrinhas são difíceis de enxergar.
       "Para quem tem problema de visão é mais         complicado ainda porque as letras são muito pequenas",         destaca a bióloga Simone Veja.
       Uma decisão da Justiça Federal vai facilitar a         vida desses consumidores. As empresas devem destacar se o         produto traz alguma das principais substâncias que causam         reações alérgicas. Com a decisão, os fabricantes ficam obrigados         a informar de maneira clara que o produto contém leite.
       "Para o alérgico, a introdução da proteína do         soro do leite pode ser suficiente para desencadear uma reação.         Algumas vezes, uma reação com certo nível de gravidade podendo         chegar a uma anafilaxia que pode lhe custar a vida", diz a         alergista Jackeline Mota Franco.
       O alerta deve servir para os derivados de ovo,         amendoim, castanha, crustáceos, soja e peixe. Isso já acontece         com o glúten, resultado da vitória na Justiça dos portadores de         celíaco, que sofrem de intolerância a essa proteína.
       "A partir de agora o direito à saúde e à         informação ao consumidor vão ser mais respeitados no Brasil”,         comemora o procurador da República Bruno Calabrich. Fonte: (Bom Dia Brasil- Globo.com Newsletter)
